Vigiar na oração

June 26, 2025

“Perseverem na oração, velando [vigiando] nela, com ações de graças.”

O profeta Jeremias escreveu que Deus vela pela sua Palavra para a cumprir. Ele fica de guarda, fica vigiando, com esse propósito. Ele não fala algo e deixa pra lá, o que falou. Nós, de igual forma, não podemos orar, e deixar para lá a nossa oração. Segundo este versículo, nós devemos velar por ela, devemos montar guarda, até que a resposta venha.

Há outras passagens nas escrituras, que reforçam essa ideia. O profeta Habacuque, depois de apresentar a Deus uma queixa em oração, escreveu: “Ficarei no meu posto de sentinela e tomarei posição sobre a muralha; aguardarei para ver o que o Senhor me dirá e que resposta terei à minha queixa.”

Neste texto, vemos que o profeta Habacuque montou guarda para esperar por uma resposta de Deus, e nós devemos fazer o mesmo. Quando oramos, devemos ser como sentinelas sobre a muralha, sempre atentos, sempre vigilantes, sempre cheios de expectativa pela resposta que está a caminho.

No livro do profeta Isaías também vemos a oração sendo comparada a sentinelas sobre a muralha. Só que lá, além de vigiar, os sentinelas não se calam, de dia e de noite. O texto diz: “Vocês que clamam pelo Senhor, não se entreguem ao descanso, nem deem a ele descanso, até que estabeleça Jerusalém e a faça o louvor da terra.”

Sentinelas na oração não relaxam, não dormem, não abdicam de suas orações e não abrem mão da resposta. Orar é como fazer uma fogueira de s.o.s. Se relaxarmos, o fogo se apaga, Deus não vê o brilho do nosso clamor e o socorro não chega. Por isso, devemos manter sempre a chama acesa; devemos manter sempre a chama intensa.

Orar e vigiar foi o que Elias fez no monte Carmelo, enquanto orava por chuva. Ele orava e mandava o seu servo vigiar, para ver se a resposta estava chegando. Por sete vezes, ele orou e fez o seu servo ir lá ver. Se sete não fosse suficiente, ele o teria mandado setenta vezes sete.

Tem duas formas do sentinela montar guarda, sobre a muralha, enquanto o mensageiro não vem, ou quando o mensageiro demora. O sentinela pode esperar cheio de temor, com medo de que a resposta não chegue, ou pode esperar cheio de fé. – e com ações de graças – certo de que a resposta chegará.