Se você pesquisar por Portas Abertas no Google, descobrirá uma ONG internacional de apoio a cristãos perseguidos. A Missão Portas Abertas foi criada em 1955 por um holandês conhecido como Irmão André, que decidiu contrabandear bíblias para suprir os cristãos vivendo em países da então chamada “Cortina de Ferro”.
Não sei exatamente porque o irmão André deu o nome de Portas Abertas, para a instituição que fundou, mas é provável que tenha sido por conta do que está escrito em Apocalipse 3:8:
“Conheço as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar.”
Isso significa que, mesmo em meio à perseguição, Deus abre caminhos para que o evangelho alcance aqueles que precisam. Este tema das Portas Abertas, saltou aos meus olhos esta semana nas escrituras, nas cartas do apóstolo Paulo.
Em uma das suas cartas, ele pede que os seus destinatários orem por ele e sua equipe, para que Deus lhe abrisse uma porta para a pregação do evangelho. Isto nos ensina que as portas — no caso, as oportunidades — não se abrem do nada, nós precisamos interceder para que elas sejam abertas. Requer oração.
Em outra de suas cartas, ele diz que ficaria em Éfeso até a festa de Pentecoste, porque tinha se aberto para ele uma porta ampla e promissora; e havia muitos adversários. Isto nos ensina que uma porta aberta não significa falta de adversários ou ausência de perseguição, muito pelo contrário.
Por último, encontrei também uma outra referência a portas abertas, nas cartas do apóstolo. Ele escreveu:
"Quando cheguei a Trôade para pregar o evangelho de Cristo, vi que o Senhor me havia aberto uma porta."
De todas as passagens esta foi a que falou mais comigo, por conta do apóstolo ter dito que só viu que a porta tinha se aberto quando chegou em Troade. Veja, o Senhor não lhe disse: vá para Troade, porque eu abri uma porta para você lá. Não, ele foi para Troade pregar o evangelho sem saber o que lá iria encontrar. Ele foi no escuro, ele foi sem uma revelação específica, ele foi pela fé e foi só quando chegou lá que ele viu que o Senhor tinha lhe aberto uma porta.
O apóstolo é uma inspiração para nós. Ele estava sempre em marcha, sempre em busca de uma nova oportunidade, sempre em busca de uma nova porta aberta. Quando uma porta se fechava em um lugar, ele não perdia tempo reclamando, ele partia em busca da próxima porta aberta, procurando saber para onde os ventos do Espírito estavam soprando.