A busca por felicidade

A busca por felicidade

Pois, “Se quiser desfrutar a vida e ver muitos dias felizes, refreie a língua de falar maldades e os lábios de dizerem mentiras.”

‭‭Nesta passagem, o apóstolo Pedro faz uma citação de um trecho do salmo 34. É uma passagem importante porque, por meio dela, o apóstolo, de certa forma, valida a busca por felicidade nesta vida.

É importante, também, para contrapor o que o apóstolo João escreveu: “Não amem o mundo nem o que nele há”. No mínimo, serve para entendermos que “amar o mundo” e “amar a vida” são coisas bem diferentes.

O mundo [que não devemos amar], neste caso, tem correlação com o mundo que jaz no maligno. Amar a vida, por outro lado, significa ter uma vida que se goste de viver, que se ame.

Como se vê, uma coisa não impede a outra. Não é porque o mundo jaz no maligno, nem é porque este mundo está perdido e condenado, que não podemos esperar viver uma boa vida aqui, uma vida com abundância de dias felizes.

Nesse sentido, acho que a versão NVT da Bíblia foi muito feliz em traduzir “amar a vida” como “desfrutar a vida” e “viver dias bons” como “viver dias felizes”. Note como este texto caminha muito próximo do que hoje nós chamamos de felicidade.

Mesmo o cristão da igreja primitiva – aquele cristão que estava padecendo perseguição – tinha o direito de esperar desfrutar a vida nesta terra e viver dias felizes.

Esta não era nem pode ser uma prioridade na vida do cristão, mas é algo a ser desejado, ainda que secundariamente, e dentro do possível.

Esta passagem conecta o Novo Testamento com o livro de Eclesiastes, o qual fala que não há nada melhor, nesta vida, do que desfrutar, e que poder desfrutar a vida é uma benção de Deus. E que benção!