Um projeto de fé
Pedro pisou nas águas e se distanciou da segurança do barco, num ato de fé, com um objetivo: ir até Jesus. Podemos chamar este objetivo de Pedro de projeto, um projeto de fé.
1 — Um projeto de fé é arriscado por natureza, porque não comporta um plano B. Pedro não estava preso a uma corda, nem usava uma boia, nem poderia nadar de volta para o barco, devido ao mau tempo.
[O plano B de Pedro era apelar para a misericórdia de Jesus, apesar da sua hesitação na fé. Contudo, Jesus interviu apenas o suficiente para salvar a vida de Pedro, mas não para salvar o seu projeto. Ele nem mesmo teve uma segunda chance.]
2 — Um projeto de fé é implacável, porque é dependente da fé do começo ao fim e, sem a fé, o projeto perde o suporte de Deus, de forma inapelável, e naufraga na mesma hora.
[Nós pensamos que, porque Deus nos mandou ir, ou porque demos um primeiro passo, Deus irá honrar essa nossa fé inicial e garantir todo o trajeto, mas não é assim que funciona. O combustível do projeto é a fé, do começo ao fim.]
3 — Um projeto de fé não oferece trégua, porque uma vez que a fé falha e o projeto começa a naufragar, surge o desespero e é muito mais difícil ter fé novamente, inclusive pela falta de tempo.
[Nós aprendemos com Pedro que é mais fácil manter a fé — tomando certos cuidados como o de não atentar para os perigos — do que tentar recuperá-la uma vez que começamos a afundar. Neste momento, só nos resta clamar pela ajuda divina, para que não soframos maiores prejuízos.]
4 — Um projeto de fé é infalível, porque se baseia na promessas de Deus de que tudo é possível ao que crê. Não há nada — exceto a dúvida e os temores — capaz de impedir o sucesso do projeto. Não depende das circunstâncias, para nada.
[Se Pedro se mantivesse firme na fé, ele teria caminhado até Jesus, por maiores que fossem os ventos e por mais turbulentas que estivessem as águas do mar. Nada seria capaz de detê-lo.]