Jesus e as enfermidades

August 3, 2022

As enfermidades não existiam no mundo antes do homem pecar. Logo, as enfermidades fazer parte do castigo divino pelo pecado. Toda enfermidade, portanto, existe por causa do pecado.

Isaias escreveu que Jesus levou sobre si o castigo pelo nosso pecado, o que incluía as nossas enfermidades. “Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças”, diz o profeta.

Este trecho da profecia foi citado, no novo testamento, pelo apóstolo Mateus. Ele relata, em seu evangelho, um episódio em que trouxeram a Jesus muitos enfermos, e ele os curou a todos.

“E assim se cumpriu o que fora dito pelo profeta Isaías: ‘Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças’ ”.

O sentido mais óbvio do que Mateus escreveu é que a profecia se cumpre cada vez que um enfermo é curado de sua enfermidade, assim como se cumpriu na vida daquelas pessoas que foram curadas por Jesus.

De onde podemos concluir, também, que a profecia se cumpre na vida dos que são curados, não dos que não são (o que é um pouco óbvio, porque quando estamos doentes, nós mesmos estamos levando sobre nós as nossas enfermidades).

Aquelas pessoas foram curadas não apenas porque havia poder em Jesus para curar, mas também, e especialmente, porque ele pessoalmente levou sobre si as enfermidades delas.

Como a doença faz parte do castigo pelo pecado, aliviar o castigo é o mesmo que perdoar o pecado. E a questão do perdão não é tão simples quanto parece.

“Sem derramamento de sangue, não há perdão”, diz a palavra, o que é o mesmo que dizer que o castigo não pode ser anulado; pode apenas ser desviado. E Jesus desviou o nosso castigo para si, quando levou as nossas doenças.

Quando Jesus curou aquelas pessoas, ele ainda não havia morrido, o que leva muitos teólogos a argumentar que a cura não faz parte da redenção, razão pela qual não devemos ter a expectativa de sermos curados, hoje, como foram curadas aquelas pessoas.

No entanto, o fato de alguém ter sido curado antes da morte de Jesus, não significa que a cura não faça parte da redenção; significa que os benefícios da redenção já eram usufruídos antes da morte de Jesus, cada vez que alguém era perdoado dos seus pecados, ou curado de suas enfermidades.

O sacrifício de Jesus não alcançou apenas os que vieram depois (ex nunc), alcançou também os que vieram antes (ex tunc). As enfermidades de cada uma daquelas pessoas curadas por Jesus foram desviadas para ele, para pagamento futuro.

Ele levou as enfermidades delas, quando morreu na cruz do calvário. Não apenas as delas, como também as enfermidades de todas as pessoas curadas por Deus, em qualquer tempo.

Jesus sofreu o nosso castigo, para que fôssemos curados. Você consegue entender isso? Como alguém pode limitar o alcance desta passagem apenas ao ministério terreno de Jesus?

Não. Ao morrer na cruz, Jesus adquiriu para si o direito de nos curar quando e onde quiser, conforme a sua boa vontade; e as suas feridas dizem muito sobre qual é a sua vontade ao nosso respeito.

Ele não levaria sobre si o castigo das nossas enfermidades, se não fosse a sua vontade nos curar. Se o seu propósito fosse apenas a nossa ressurreição futura, ele não precisaria ser ferido; sua morte bastaria.

As suas feridas foram para nos curar, tanto quanto a lança que o traspassou foi para nós salvar.

“pelas suas pisaduras fomos sarados”.

Quando nos perguntamos se é a vontade dele nos curar hoje, eu o imagino respondendo com certa ironia: “Eu levei as suas enfermidades sobre mim, então o que você acha?”

Já não se trata mais dele poder, mas de crermos. “Se podes fazer alguma coisa, ajuda o meu filho”, disse o pai do menino endemoniado. “Se podes?”, disse Jesus. “Tudo é possível àquele que crê.”

Eu estou convencido de que o sacrifício de Jesus tem o mesmo valor hoje, que tinha dois mil anos atrás. Nada pode impedir o agir de Deus, quando ele quer alcançar alguém com o seu amor.

“Agindo eu, quem impedirá!”

Gostaria de recomendar meu livro, um romance emocionante e divertido com pano de fundo cristão, que aborda questões como relacionamento pais e filhos, primeiro amor, segundas chances.