O profeta se queixa por Deus não responder às suas orações por justiça contra os ímpios, em favor dos justos. Deus responde que a intervenção está caminho. Ele está enviando os impiedosos caldeus para castigar a impiedade em Israel.
Diante da resposta de Deus, o profeta fica perplexo e se queixa ao Senhor uma segunda vez. Seu anseio não é apenas por justiça, mas por segurança para os justos; e os justos terão que lidar, agora, com um povo ainda mais injusto, do que estavam acostumados a lidarem. O Senhor estava enviando um urso para dar conta do leão, mas como eles lidariam com o urso?
Por que o Senhor simplesmente não acabava com todos os perversos? O profeta desejava uma solução final para o problema do mal, seu clamor é pelo dia da ira do Senhor; ele ora pelo maranata, pela vitória final dos crentes.
O Senhor lhe responde com um vislumbre do futuro. O profeta deveria escrever a visão em tábuas, para as futuras gerações. Deveria entalhar na madeira, porque a palavra do Senhor era imutável e infalível. Disse o Senhor: Escreva que os ímpios andam envaidecidos; seus desejos não são bons; mas o justo viverá pela fé.
O que envaidece os ímpios é o seu sucesso na impiedade diante de uma aparente falta de intervenção divina. Os justos, por outro lado, não devem pensar como os ímpios, que o mal está prevalecendo; não devem se desesperar nem ficarem com medo, seja diante dos caldeus ou de qualquer outra forma que o mal assuma para assediar os justos.
Antes, o justo viverá pela fé [e não recuará porque se recuar o Senhor não terá prazer nele]. O justo se moverá com base na palavra de Deus, e não com base no que seus olhos veem. A segurança para os justos está em Deus e não depende da destruição do ímpio. Pode parecer que não, pode demorar, mas os ímpios serão por fim castigados e toda a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas enchem o mar.
A partir deste ponto, um profeta com a fé revigorada entoa um dos mais belos cânticos de louvor ao Senhor: “Mesmo não florescendo a figueira e não havendo uvas nas videiras, mesmo falhando a safra de azeitonas e não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral, nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação.”
Pondo este louvor em contexto, vemos que o profeta não se alegra pela falta de flor, ou de frutos ou de alimentos, o profeta se alegra pela fé. Já não importa se os ímpios estão prevalecendo ou se a figueira não está florescendo, eu não vou me desesperar, antes vou me alegrar em Deus porque eu sei quem Deus é e o que ele fará… e nós sabemos que Deus não tolera o ímpio e nem a figueira que na produz frutos.
Gostaria de recomendar meu livro, um romance emocionante e divertido com pano de fundo cristão, que aborda questões como relacionamento pais e filhos, primeiro amor e segundas chances.