Tão simples como comer

Ele respondeu: “Não é certo tirar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos”.

Me chama a atenção neste texto que Jesus chama as curas e libertações que estava fazendo, entre os judeus, de pão dos filhos. Este pão dos filhos era de tal modo poderoso e abençoado, que uma migalha bastou para curar a filha da mulher estrangeira.

O propósito de Jesus era que os filhos comessem até se fartarem, até estarem plenamente satisfeitos. A mesa estava posta para os filhos, bastava virem a Jesus e se servirem. Ser curado era simples como comer pão; tão simples que até mesmo os cachorrinhos podiam se alimentar das migalhas que caiam da mesa do Senhor.

Este pão da vida era o próprio Jesus. Ou melhor, este pão era a sua carne, que ele daria pela vida do mundo. O que Jesus estava servindo para os filhos era a sua própria carne, como pão. A sua carne que seria partida, que ficaria ferida e cheia de chagas, para que fôssemos curados.

O pão foi partido por nós, na cruz, para que dele possamos nos servir. A mesa da ceia está posta. Este pão amassado com a sua carne ensanguentada está agora servido para nós, e nós dela nos servimos simbolicamente todos os meses na santa-ceia do Senhor.

Este é o pão dos filhos, o pão que traz vida eterna e cujas migalhas é capaz de curar, se tão somente dele comermos. Receber os benefícios do sacrifício de Cristo deveria ser [e é] tão simples como comermos um pedaço de pão.

Disse Jesus: Qual de vocês, se seu filho pedir pão, lhe dará uma pedra? Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem!

Este pão de forma alguma é negado aos filhos, por amor do Pai. A paternidade de Deus se revela no fato de não nos negar o pão, quando pedimos. Se temos certeza que nosso pai terreno não nos privará de alimentos, quanto mais o nosso Pai celestial nos fartará com a sua graça.