Um leproso, aproximando-se, adorou-o de joelhos e disse: “Senhor, se quiseres, podes purificar-me!” Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: “Quero. Seja purificado!” Imediatamente ele foi purificado da lepra.
Por que a nossa oração não pode ser assim tão simples, como dobrar os joelhos e dizer: se quiseres, podes curar-me! E o Senhor Jesus, dos céus, dizer: quero, seja curado! Qual a diferença entre nós e aquele leproso?
Será que ele aproveitou, como dizem, uma pequena janela de oportunidade? Uma janela de oportunidade que esteve aberta por um período de apenas três anos, enquanto durou o ministério terreno de Jesus, que se fechou com a ascensão e que permaneceu fechada os dois mil anos seguintes.
Neste caso, sorte a dele por ter vivido num curto período de tempo onde alguém poderia deslocar-se até o Jesus físico e ser curado. Tivesse nascido nos dias de hoje, estaria fadado a conviver com a sua doença e provavelmente morrer dela.
No entanto, esta não parece ser a lição do evangelho. Com a expectativa de morte pairando no ar, Jesus procurou acalmar os seus discípulos, como que para mostrar que tudo o que estava para acontecer seria para o bem deles, seria para tornar as coisas melhores.
“Não se turbe o coração de vocês” disse Jesus. “Porque falei estas coisas [sobre partir], o coração de vocês encheu-se de tristeza. Mas eu afirmo que é para o bem de vocês que eu vou. […] Eu asseguro que meu Pai dará a vocês tudo o que pedirem em meu nome. Até agora vocês não pediram nada em meu nome. Peçam e receberão, para que a alegria de vocês seja completa.”
Tudo isto me soa como se Jesus quisesse dizer, para eles, que os ventos de mudança não trariam um tempo pior, como eles temiam, mas um tempo melhor, em que pedir ao Pai em nome do Filho seria como se o próprio Filho pedisse ao Pai, por eles.
Em uma situação de tempestade, eles já não teriam o Jesus físico no barquinho, para interceder por eles, mas nem por isso estariam menos seguro. Pedir ao pai seria tão simples, para eles, quanto acordar o Jesus físico na proa. Pedir ao Pai seria tão simples como ir até Jesus e dizer: se quiseres, podes curar-me. E a resposta do Pai não seria outra, se não a resposta do filho: Quero! Seja curado.
Gostaria de recomendar meu livro, um romance emocionante e divertido com pano de fundo cristão, que aborda questões como relacionamento pais e filhos, primeiro amor e segundas chances.