Existe algo de fantástico no relato de Elias no monte Carmelo, duelando sozinho com os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal, para tornar evidente qual deus era Deus, aos olhos de uma nação corrompida… porque hoje os embates sobre Deus estão limitados ao campo da retórica e já não se veem mais profetas que façam chover fogo do céu.
No entanto, existem tantas pessoas falando em nome de Deus nos dias atuais, que não faria mal um duelo a moda antiga. Imagine se pudéssemos juntar todos esses grandes teólogos da atualidade, não mais para debaterem, mas para orarem. Não seria um duelo de retórica, mas de poder. O deus que respondesse por meio do fogo, esse seria Deus.
Nós sabemos que, obviamente, este duelo nunca seria aceito, porque os eruditos da nossa geração dariam uma ótima razão teológica para se ausentarem do desafio e justificarem a ausência de poder. Eles não apenas teriam deixado Elias sozinho em cima do monte, como ainda o acusariam de incrédulo e herege.
Mas vamos supor que, por um milagre, eles fossem obrigados a participar [como aqueles videntes que foram obrigados a adivinharem o sonho do rei]. Eu temo que, por trás de todo o discurso eloquente, não haveria nem uma única gota de poder.
Mas nós não estamos aqui para julgar os outros, porque nenhum benefício tiraríamos disso. Vamos fazer algo mais difícil, vamos tirar de cena estes grandes teólogos e vamos subir o monte Carmelo nós mesmos para duelar com o profeta Elias. Hoje o monte Carmelo será para nós o monte do desafio; o monte onde a eficácia da nossa oração será posta a prova.
Se nos ajoelhássemos diante do altar e invocássemos por fogo dos céus, como o profeta Elias, o que aconteceria? Qual tem sido o nosso histórico de oração diante de Deus? Estamos acostumados a sermos ouvidos como Elias, ou ignorados como os profetas de Baal, que passaram o dia inteiro orando, dançando e se flagelando?
“Nós não somos como Elias”, alguém poderia dizer. “Este não seria um duelo justo.” Então abriríamos nossas bíblias e ela nos diria que Elias era homem como nós, contudo ele orava e as coisas aconteciam. O próprio Elias nos diria: “Orem mais alto! Talvez o seu deus esteja meditando ou tenha ido ao banheiro. Ou quem sabe tenha viajado ou talvez esteja dormindo!”
Se no meio de tantos coachs de avivamento e profetas do óbvio existisse um único Elias em nossa geração, seu evangelho não consistiria em palavras de sabedoria, mas em poder. Ele desafiaria os teóricos da nossa geração, para saber que poder eles tem. Porque para os Elias de todas as épocas “o Reino de Deus não consiste de palavras, mas de poder.”
Eu estou convencido de que vivemos no meio de uma geração incrédula e perversa, com a qual nos acostumamos. Nossas orações não são respondidas não porque Deus seja surdo ou esteja viajando, mas porque não cremos. É tempo da igreja do Senhor se arrepender dos seus maus caminhos, é tempo de purificarmos os nossos corações divididos, para que o Senhor possa levantar os Elias do nosso tempo.
Então cairá fogo do céu e queimará o sacrifício, a lenha, as pedras, a terra e secará a água. Quando viram isso, todos se ajoelharam, encostaram o rosto no chão e gritarão:
“O Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!”
Gostaria de recomendar meu livro, um romance emocionante e divertido com pano de fundo cristão, que aborda questões como relacionamento pais e filhos, primeiro amor e segundas chances.