Sem fé é impossível agradar a Deus, dizem as escrituras, mas você já parou para pensar no quanto a fé o agrada?
Veja o caso de Abraão, por exemplo. Diz a bíblia que ele creu em Deus, e sua fé lhe foi creditada como justiça.
O maior presente que Abraão recebeu de Deus não foi Isaque, foi esse crédito de justiça na sua conta, que o apóstolo Paulo chama de justificação.
Sem a justificação não haveria Isaque, não haveria bênção não haveria nada.
O apóstolo escreveu que Abraão recebeu a promessa de herdar o mundo [não mediante a fé, mas] mediante a justiça que vem da fé.
Ou seja, a fé recebe o crédito de justiça pela graça, para que esta justiça receba a bênção por direito.
Este crédito de justiça foi gratuito para Abraão, mas teve um alto custo para Deus, porque a justiça creditada a Abraão não é outra, senão a justiça de Cristo.
Quando Deus credita justiça a Abraão, ele assume a dívida dele, não apenas a dele, mas também a dívida de todos os que creem como Abraão creu.
Em outros termos, para que Abraão recebesse a bênção do justo, Jesus Cristo precisou receber o salário do pecador.
Não fosse a justificação, Abraão não receberia nada além de maldição, dor e morte, tudo aquilo que Cristo recebeu.
Poupar a vida de Isaque, custou a vida de Cristo, simples assim.
E o fato de Deus ter permitido a Abraão sentir por três dias a dor de perder um filho é muito simbólica, considerando os três dias que Jesus ficaria sob o poder da morte.
Abraão estava recebendo tudo assombrosamente pela graça, mas nada era de graça.
Existe um senso comum de que Deus deveria creditar justiça às pessoas que se esforçam por serem boas, que ajudam o próximo e coisas assim.
O próprio Abraão não deveria ser má pessoa, contudo Deus não lhe creditou nenhuma outra qualidade como justiça, senão a fé.
Todo o nosso esforço por sermos bons ou qualquer outra qualidade que tenhamos agrada menos a Deus do que a nossa fé, ou ele não teria escolhido a fé como meio de justificação.
E Deus se agrada da fé porque a fé confia em Deus, ao contrário das nossas vãs tentativas de sermos pessoas melhores.
A nossa justiça própria, a que tanto damos valor, por maior que seja, é como esterco diante de Deus.
Todavia, Deus se agrada da nossa fé, ainda que do tamanho de um grão de mostarda. Jesus não hesitava em dizer: tua fé te salvou.
Deus amou o mundo todo, mas enviou seu filho para salvar, não o mundo todo, mas apenas os que cressem. Por que? Porque a fé o agrada.
Gostaria de recomendar meu livro, um romance emocionante e divertido com pano de fundo cristão, que aborda questões como relacionamento pais e filhos, primeiro amor e segundas chances.