Um argumento em prol da confissão pública de pecados

September 10, 2018

Contra ti eu pequei — somente contra ti — e fiz o que detestas. Tu tens razão quando me julgas e estás certo quando me condenas. Sl 51.4

Existe uma razão pela qual você deveria confessar publicamente os seus pecados secretos, em vez de fazê-lo em particular. A razão é que embora o pecado seja secreto, o castigo é público. Se as pessoa virem você sofrendo, sem saberem o motivo, pensarão que você está sofrendo injustamente. Aos olhos das pessoas, você parecerá justo e Deus injusto.

Os cristãos pós-modernos, por influência cultural, em geral se sentem confortáveis nesta condição de vítima. Para preservarem sua reputação, sacrificam a reputação divina sem nenhum pudor; não hesitam em colocar Deus no banco dos réus. Isto colabora para o senso coletivo de falta de sentido, esse sentimento de que está tudo fora do lugar, como se Deus estivesse ausente, porque os ímpios estão prosperando enquanto os “justos” estão padecendo.

Não existe ninguém que possa restabelecer a verdade, a não ser a pessoa que pecou. Só ela pode dizer: vejam, eu pequei e mereci o castigo divino; reconheço que Deus foi justo em me castigar. Na condição de terceiros, nós não podemos apontar o dedo para ninguém que esteja sofrendo e acusá-lo de pecado, como fizeram os amigos de Jó, porque sabemos que existem muitas razões para o sofrimento, além do castigo pelo pecado.

Isto não muda o fato de que o castigo pelo pecado ainda é uma das causas do sofrimento, especialmente do sofrimento cristão. O objetivo da disciplina é fazer o pecador cair em si, arrepender-se e abandonar o pecado, para não ser condenado com o mundo. Logo, o pecador arrependido é alguém que descobriu a causa do seu sofrimento e, por meio da dor, voltou-se para Deus para confessar o seu pecado e abandoná-lo.

Se nosso o silêncio contribuiu de alguma forma para as outras pessoas fazerem mau juízo de Deus, nada mais justo do que reparar o mau causado confessando publicamente o nosso pecado e declarando a justiça de Deus. Pense por um momento se todos os pecadores fizessem isso, se todos testemunhassem a causa do seu sofrimento. Acaso a justiça divina não ficaria mais evidente? Acaso Deus não seria glorificado?


Gostaria de recomendar meu livro, um romance emocionante e divertido com pano de fundo cristão, que aborda questões como relacionamento pais e filhos, primeiro amor e segundas chances.