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No️s recantos mais escondidos da Netflix, em algum baú empoeirado, você encontra esta verdadeira obra-prima do cinema chamada “a felicidade não se compra”, um desses filmes impensáveis na Hollywood moderna. Se o filme é bom? Bem, eu diria que Deus falou mais comigo por meio deste filme, do que por meio do sermão de domingo, o que é preocupante porque fui eu que preguei o sermão de domingo 😅.
O super-carismático James Stewart interpreta George Bailey, um homem que desde a infância sonhava explorar o mundo, mas que nunca conseguiu sair de sua cidade natal, porque o senso de responsabilidade com o próximo se contrapôs aos seus sonhos e ele se viu diante de um dilema moral: assumir os negócios filantrópicos do pai recém falecido ou virar as costas e explorar o mundo, como seu próprio pai o aconselhara.
Embora por diversas vezes, ao longo do filme, George tenha enfrentado o mesmo dilema, a verdade é que em nenhum momento foi uma questão de escolha para ele, por causa dos seus escrúpulos. É como se George fosse uma vítima da própria consciência, que o escraviza a tomar as decisões certas, o que ele faz a contragosto, porque o que a situação exige dele é o contrário do que ele sonha para si próprio.
O filme começa retratando alguns episódios da infância de George, onde são apresentados os principais personagens, inclusive a garotinha Mary, que ele voltaria a encontrar quando jovem, em uma festa. Caminhando sob a luz do luar, ela se apaixona por aquele rapaz sonhador alto e desengonçado, que promete laçar a lua para lhe dar de presente. Eles, então, são subitamente separados pelas circunstâncias, para se reencontrarem anos mais tarde.
Ela espera encontrar o mesmo rapaz sonhador por quem se apaixonou, mas em vez disso encontra um jovem desiludido, o que é brilhantemente retratado pela cena do desenho — a minha favorita. Eles se casam, formam uma família, mas George, sempre assombrado pelos sonhos frustrados, não percebe como sua vida é maravilhosa — não a toa, o título do filme em inglês é “it´s a wonderful life”].
É ai que entra em cena os acontecimentos finais, que se aproveita de uma temática cristã para ensinar uma lição a George: a de que nenhum homem é um fracasso quando tem amigos.
Gostaria de recomendar meu livro, um romance emocionante e divertido com pano de fundo cristão, que aborda questões como relacionamento pais e filhos, primeiro amor e segundas chances.