S I N A I S
Quando os discípulos perguntaram a Jesus que sinais haveriam da sua vinda e do fim dos tempos, ele apresentou uma série de sinais, como eles haviam pedido. Segundo Jesus, assim como é possível prever a proximidade do verão, a partir da renovação das folhas da figueira, era possível prever a iminência da sua vinda [e do fim dos tempos] a partir desses sinais.
Jesus sabia, a partir das próprias escrituras, que certos acontecimentos precederiam a sua vinda, coisas que impediam o seu retorno imediato. Os sinais não eram tanto para prever o dia da sua vinda [que ele próprio não sabia], mas a iminência desse dia. Quando virem todos os sinais acontecerem, os discípulos deveriam saber que nenhum obstáculo haveria para a sua vinda, senão a vontade do Pai. A partir dai, deveriam esperar a sua vinda a qualquer momento, como um ladrão.
Jesus também lhes assegurou que não passaria aquela geração, sem que todas essas coisas [os sinais] acontecessem. Segundo Jesus, aquela geração — à qual pertenciam os discípulos — veria acontecer cada um daqueles sinais da sua vinda, de modo que nada impediria que ele voltasse naquela geração. Ao contrário do que muitos imaginam, Jesus não lhes deixou nenhum sinal longínquo, nenhum acontecimento num futuro distante, pelo qual devessem aguardar; todos os sinais aconteceriam na geração deles.
De fato, segundo Jesus, eles fariam bem em esperá-lo naquela geração. Isto não significa que Jesus voltaria na geração deles [o próprio Jesus não sabia o dia], só significava que naquela geração já não haveria nenhum obstáculo para a sua vinda, podendo ele vir a qualquer momento. A partir desse momento, a sua vinda não dependeria mais de sinais externo, senão tão somente da vontade do Pai.
Isto não significava, também, que pelos sinais terem se cumprido na época deles, alguns desses sinais também não valham para nós, como creem os chamados preteristas. Pelo contrário, o mais provável é que os sinais sejam cíclicos [como dores de parto] e geracionais, e que eles se repitam, em maior ou menor grau, a cada geração [ou de tempos em tempos]. Cada geração ouve falar de guerras e rumores de guerra; cada geração tem seus falsos profetas e anticristos, que podem [ou não] ser o anticristo derradeiro; cada geração tem suas perseguições, por causa do evangelho; cada geração tem a missão de evangelização global; cada geração tem seus momentos de juízo divino.
É como se cada geração tivesse que enfrentar antítipos da última geração, como se a história se repetisse ao longo dos tempos várias e varias vezes, como se as dores de parto voltassem cada vez mais fortes, até que venha a versão derradeira dos sinais.
Se você parar para pensar, é justo, afinal porque apenas a última geração deveria enfrentar sozinha todas essas coisas? Também é inteligente, porque este modo de ser torna a bíblia atual para todas as gerações. O “não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam” era tão verdade para os discípulos, como é para nós nos dias de hoje, assim como: “Quando vocês virem todas estas coisas, saibam que está próximo [o seu dia], às portas.”
Se estas coisas acontecem em nossa geração, devemos saber que não precisa acontecer nada mais para que ele venha. A vinda de Jesus pode ser tão iminente hoje como foi no tempo dos apóstolos, não havendo nada que impeça a volta de Cristo. Quando os sinais acontecerem em nossa geração — se é que ainda não aconteceram — , nada mais impedirá que ele volte. Sua vinda será iminente.
Se acontecerá na nossa geração ou não, só Deus sabe [o que nos cabe e esperá-lo, amar orar e trabalhar pela sua vinda], porque nos fim das contas não são os sinais que trarão Cristo, mas a vontade do Pai. Os sinais são apenas fatos que, enquanto não acontecerem, impedem que ele volte.
Gostaria de recomendar meu livro, um romance emocionante e divertido com pano de fundo cristão, que aborda questões como relacionamento pais e filhos, primeiro amor e segundas chances.