O sucesso depende de uma mistura de empenho e sorte, de dedicação e providência.
É bem verdade que o mais rápido nem sempre vence a corrida e o melhor time nem sempre vence o jogo — porque o tempo e o acaso afetam a todos — mas, por outro lado, embora zebras aconteçam o tempo todo, na maioria das vezes é mesmo o melhor time que acaba vencendo.
Você pode conhecer alguém que alcançou o sucesso por pura sorte — por um vídeo no youtube, por exemplo — , mas a grande maioria trabalhou duro para chegar lá, de modo que nada garante o seu sucesso, se você trabalhar duro, mas o fracasso é garantido se você não fizer nada.
O sucesso não depende apenas de nós, mas nós precisamos fazer a nossa parte, porque a lei da semeadura acaba prevalecendo, na maioria das vezes. Colhemos o que semeamos e quem não semeia não colhe; por isso pare de reclamar da sua sorte, pare de choramingar seus fracassos, pare de olhar para o mau tempo, pare de reclamar da crise e continue trabalhando duro, porque o sucesso exige excelência e a excelência exige disciplina, sacrifício e perseverança.
Disciplina para fazer o que é necessário, mesmo que seja chato; sacrifício para sair da nossa zona de conforto, e por as mãos no arado; e perseverança para não desistir antes do final.
Deus inventou a lei da semeadura, mas nós inventamos o pacto com o diabo, para explicar o sucesso das pessoas. Se a pessoa faz sucesso, não é porque ela semeou, não é porque trabalhou duro; é porque fez pacto com o diabo.
Você pode alegar que JK Rowling (a autora de Harry Potter) tem um pacto com o diabo, mas não pode negar que ela escreve muito bem, e cria tramas com excelência. Você pode dizer que ela teve sorte, mas não pode negar que ela foi muito disciplinada, para escrever mais de quatro mil páginas.
A excelência não é do diabo, o que é diabo é a mediocridade, a preguiça e o relaxo. Se quisermos chegar a algum lugar, precisamos superar a mediocridade cultural que nos rodeia — especialmente no Brasil — onde é normal fazer as coisas de qualquer jeito, começar e não terminar e falar e não fazer. A mediocridade não é normal; é patológica e demoníaca.
Nós podemos plantar a semente e regá-la, mas não podemos fazê-la crescer. Um planta, outro rega, mas é Deus que dá o crescimento. Nós precisamos fazer a nossa parte, mas o nosso sucesso depende Dele. “Prepara-se o cavalo para o dia da batalha”, diz a bíblia, “mas o Senhor é que dá a vitória.” “Em seu coração o homem planeja o seu caminho, mas o Senhor determina os seus passos.”
O sucesso não é de forma alguma um resultado natural, porque se fosse — e se existisse uma receita infalível para o sucesso — todos o alcançariam. Você pode ser o melhor jogar, o craque do time, mas você pode se contundir; ou pode estar num péssimo dia; ou pode dar tudo errado. São tantas variáveis, tantos fatores alheios a nós, que é idiotice da nossa parte confiar em nós mesmos, ou na nossa própria capacidade.
O apóstolo Tiago escreveu que somos tão confiantes em nós mesmos, que nos vangloriamos das nossas pretensões. Dizemos: “hoje ou amanhã iremos para esta ou aquela cidade, passaremos um ano ali, faremos negócios e ganharemos dinheiro.”
Eu mesmo tinha tudo planejado, aos dezoito anos. Faria uma faculdade, abriria um escritório, ficaria rico, aproveitaria a vida, e formaria uma família. Até que um diagnóstico médico veio para me mostrar que o futuro não era garantido. Foi uma experiência terrível, mas foi o que colocou os meus pés no chão.
“Toda vanglória como essa é maligna”, diz o apóstolo. Não sabemos o que nos acontecerá amanhã! Que é a nossa vida? Somos como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa. Ao invés disso, deveriam dizer: “Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo”.
Se o nosso sucesso depende de Deus, temos que deixá-lo participar dos nossos sonhos. “Consagre ao Senhor tudo o que você faz, e os seus planos serão bem-sucedidos”, diz o provérbio. “Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas.”
Confie em Deus, trabalhe duro e tenha paciência. Lembrem-se: aquele que semeia pouco, também colherá pouco, e aquele que semeia com fartura, também colherá fartamente. Plante de manhã a sua semente, e mesmo ao entardecer não deixe as suas mãos ficarem à toa, pois você não sabe o que acontecerá, se esta ou aquela produzirá, ou se as duas serão igualmente boas.
O sucesso não se alcança do dia pra noite, por isso não podemos ser imediatistas. Temos que ter paciência e esperar — como o agricultor que aguarda que a terra produza a colheita, e espera com paciência até virem as chuvas do outono — pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos.
No fim, com Deus, o sacrifício terá valido a pena, porque, como diz a bíblia, “aqueles que semeiam com lágrimas, com cantos de alegria colherão. Aquele que sai chorando enquanto lança a semente, voltará com cantos de alegria, trazendo os seus feixes”.
Gostaria de recomendar meu livro, um romance emocionante e divertido com pano de fundo cristão, que aborda questões como relacionamento pais e filhos, primeiro amor e segundas chances.