Senso de urgência

August 12, 2015

Vivemos e agimos como se Jesus não fosse voltar. Como se os incrédulos não fossem para o inferno. Como se nós não fôssemos prestar contas, perante o tribunal de Cristo. Vivemos nossa breve vida aqui, como se não houvesse uma eternidade para viver depois. Temos nos tornado complacentes, com relação à vinda de Cristo.

Mas a verdade é que Jesus está voltando. Estamos vivendo já a última hora e o rei Jesus está às portas. Muito em breve, o que há de vir virá e não tardará. Um pregador chamado Elbert Peak disse que os sinais da vinda de Jesus são tantos, que não precisamos procurá-los mais. Ao invez disso, devemos esperar ouvir um som — o som de uma trombeta! É tempo de levantarmos as nossas cabeças, porque a nossa redenção está próxima.

Pessoas cujo trabalho é salvar vidas, devem fazer isso com senso de urgência. Por exemplo, você já viu um bombeiro saindo pra atender um chamado? Ele não sai vagarosamente, como se tivesse todo o tempo do mundo. Ele sai correndo, porque sabe que vidas podem estar em perigo. Isto é senso de urgência! Nós somos bombeiros espirituais. O nosso papel é salvar vidas do inferno, arrebatando-as do fogo (como escreveu Judas). Esta não é uma tarefa que possa esperar. É uma missão urgente!

No início da igreja, houve três molas propulsoras, que contribuíram para a propagação do evangelho em todo o mundo: 1) O poder do Espírito derramado no dia de Pentecostes; 2) a perseguição da igreja que obrigou os primeiros cristãos a saírem pelo mundo; e 3) o senso de urgência dos primeiros cristãos. Eles viviam e pregavam como se Jesus fosse voltar na geração deles. Este é o sentimento que o Senhor deseja despertar em nossa geração. O avivamento traz consigo a urgência!

O apóstolo Paulo acreditava que estaria vivo quando Jesus voltasse. O apóstolo João descreveu o seu tempo como sendo a última hora. O apóstolo Tiago escreveu que a vinda do Senhor estava perto. Mais do que isso, ele afirmou que o juiz já estava às portas. Os cristãos do primeiro século vendiam seus bens e, alguns, abriam mão de se casarem, porque acreditavam que a vinda de Jesus estava perto. Quantos de nós vivemos com essa mesma expectativa? Estamos dois mil anos mais perto da volta de Jesus do que eles estavam, mas eles viviam mais na iminência da volta de Cristo do que nós.

As últimas palavras de Jesus, na Bíblia, foram: “Eu venho em breve!” João respondeu a esta promessa com uma oração, que se resume em uma frase: “Maranata!” Muitos de nós já não sabe o que esta palavra significa, mas na igreja do primeiro século ela era bem conhecida. É um clamor apaixonado: “Ora vem, Senhor Jesus!” Os comentaristas bíblicos dizem que esta esta oração era repetida em todas as reuniões. Os cristãos do primeiro século oravam pela volta de Cristo. Eles desejavam ardentemente que o mestre voltasse. Quando foi a última vez que você orou pela volta de Cristo? Quantos louvores você conhece que clama pela volta de Jesus? Existem pessoas que calculam o tempo da vinda de Jesus, com base nos sinais, para saber quanto tempo lhe resta. Não tempo para fazer a obra do Senhor, mas para se dedicar aos seus projetos pessoais.

Estavam os primeiros cristãos teologicamente equivocados por terem esperado a vinda do Senhor na geração deles, ou estavam vivendo exatamente da forma como Jesus queria que vivessem? Enquanto estava com eles, Jesus lhes tinha dito duas coisas fundamentais sobre o seu retorno: ele voltaria em breve; e viria como um ladrão. Brevidade e surpresa são as principais marcas da vinda de Cristo, e falam mais alto do que os famosos sinais da sua vinda. O fator surpresa é o principal sinal da vinda de Cristo por uma razão simples: se o dono da casa soubesse a que hora da noite o ladrão viria, ele ficaria de guarda e não deixaria que a sua casa fosse arrombada.

Jesus se comparou a um homem que sai de viagem, e dá uma missão para cada um dos seus servos. Os servos desse homem devem vigiar, de dia e de noite, porque não sabem o dia da volta do seu Senhor. “Se eu voltar de repente, que não os encontre dormindo!” disse Jesus. “Feliz o servo que eu encontrar trabalhando, quando voltar”. “Eu vou voltar quando você menos esperar”, prometeu Jesus, “portanto esteja preparados e atentos”. Tenham cuidado, para não sobrecarregar o coração de vocês de libertinagem, bebedeira e ansiedades da vida, e aquele dia venha sobre vocês inesperadamente.

Visto que o Senhor Jesus deixou estas instruções, quem é que está vivendo de acordo com o que Jesus ordenou? Os cristãos do primeiro século, que viviam como se Jesus fosse voltar a qualquer momento, ou nós que vivemos como se ele fosse voltar em um dia distante?

Viver com senso de urgência é um estilo de vida. Jesus pode voltar agora, amanhã ou daqui há outros dois mil anos, não interessa. Nós devemos viver como se ele fosse voltar hoje, porque é assim que ele deseja que nós vivamos. É por isso que ele não nos revelou o dia nem a hora da sua vinda. É por isso que a bíblia chama os últimos dois mil anos de “últimos dias” e “última hora”. Não se trata de um engano da bíblia, ou dos primeiros cristãos, mas de uma estratégia de Deus para nos manter atentos e vigilantes. Este senso de urgência começou muito antes do que imaginamos. Cerca de setecentos anos antes de Cristo, o profeta Isaías, e cem anos mais tarde, o profeta Sofonias, já tinham profetizado que o dia do Senhor estava perto.

Deus conhece o nosso coração. Ele sabe que nós temos uma tendência a sempre adiar a nossa missão para o dia de amanhã. Nós temos um sério problema de deixar as coisas pra última hora, mas é isto que precisamos entender: Esta é a última hora! O tempo de começarmos a trabalhar para Deus é agora, porque o amanhã pode não existir. Nada impede que Jesus volte neste exato momento. O arcanjo está levantando a trombeta. O juiz está às portas. O nosso tempo já não se conta mais em horas, mas em minutos. Cada segundo é importante. É tempo de revermos nossos conceitos. É tempo de redefinirmos nossas prioridades.

E se Jesus voltasse hoje? Ele te encontraria dormindo ou acordado? Em qual estilo de vida você se encaixa? Você tem vivido com urgência ou com complacência? Você tem desempenhando sua missão com diligência ou com negligência?


Gostaria de recomendar meu livro, um romance emocionante e divertido com pano de fundo cristão, que aborda questões como relacionamento pais e filhos, primeiro amor e segundas chances.